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História das Mulheres

Uma das propostas desta página e conhecer a história do universo feminino e seus diversos papéis, até chegarmos nos dias de hoje.

Lançar luz à História das Mulheres equivale a:

  • Reconhecer a importância e o papel de, praticamente, metade da nossa sociedade, de um grupo tão rico e diversificado como o feminino.

  • Não se conformar com generalizações abusivas.

  • Buscar as singularidades e as diferenças.

A palavra “história”, embora pertença ao gênero feminino, costuma ser pensada em termos masculinos. Seu estudo, em geral, privilegia os homens e as mulheres permanecem no segundo plano.

Além disso, ao longo dos tempos, a maior parte das informações que relatam sobre a História das Mulheres, foram fornecidas e/ou escritas por homens e nem sempre tem um olhar neutro e, muitas vezes, por religiosos, podendo estar inspirados por princípios éticos impregnados pela ideia da culpa e do pecado, que associavam o sexo e/ou a sexualidade ao demônio e a mulher a um instrumento demoníaco.

A desigualdade entre os sexos existe desde o aparecimento das civilizações. A sociedade definiu os papéis e os lugares por sexo, que podemos verificar isso expressos nos símbolos:

  • Homem: A Espada, representando força, virilidade e violência, bem como as atividades realizadas nos campos de batalha.

  • Mulher: A Roça e a imagem do instrumento de fiar tecidos, indicando o trabalho doméstico e as tarefas feitas na vida privada.

No decorrer do tempo, foram estabelecidos modelos ideais de mulheres e regras de comportamento a serem seguidas.

Na sociedade medieval, as mulheres distinguiam-se entre si pela: posição que ocupavam na sociedade; atividades que desempenhavam; faixa etária; grau de instrução; opções e ideais de vida.

Na civilização romana, prevaleceu a ideia de uma suposta “inferioridade natural” das mulheres, sendo excluídas das funções públicas, políticas e administrativas, limitando-se casa, que era sempre governada por um homem: pai, marido ou o sogro.

Haviam povos com mais liberdade de atuação, como os eslavos. Até século 10, as moças das famílias poderosas tinham liberdade de escolher o parceiro ou esposo. Quando casadas dividiam com o marido as responsabilidades e ambos podiam desfazer a aliança se estivessem insatisfeitos.

Esses costumes persistiam na Europa Ocidental nos atuais países da França, Bélgica e Holanda, e também na Europa Oriental na Polônia, Hungria e Rússia, até chegarem lá os missionários cristãos ou bizantinos.

Entre os séculos 10 e 11, momento de fortalecimento do feudalismo, houve uma transformação nas relações de parentesco e o filho mais velho, passou a herdar a maior parte das posses, era o “cabeça da casa” e as filhas foram totalmente excluídas da sucessão e ao se casarem recebiam um dote a ser administrado pelo marido.

A preocupação dos moralistas e dos religiosos com o casamento era desde o século 9. Começaram a considerá-lo como criação divina e não deveria ser realizado pelo estímulo da luxúria e sim para procriação, ou seja, ter filhos. E quando já tivesse filhos, deveria-se evitar o ato sexual com a intenção de obter prazer. Um dos objetivos era controlar a sexualidade e evitar a fornicação, relação sexual entre os não casados. Depois colocou-se a questão do casamento ser indissolúvel.

O casamento era um pacto entre famílias. A mulher era doada e recebida como um ser passivo e sua principal virtude, dentro e fora do casamento, deveria ser a obediência, submissão. As expressões de amor ou afeto não eram consideradas importantes na união.

Pelo que foi lido até aqui, podemos avaliar, no decorrer dos tempos, todas as consequências que geram isso em nós hoje.

Daremos continuidade neste mergulho da história, porque essas reflexões são fundamentais para esclarecer sobre o feminino na sociedade atual e como sair dessa repressão que foi imposta durante séculos e séculos.


Ivany Pereira

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