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A porta de saída!



O amor vem com o nascimento, mas como o bebê ele precisa crescer porque não vem

plenamente desenvolvido. Apesar do amor nascer com a gente ele precisa crescer, assim

como todo o restante do nosso corpo de criança. Enquanto crescemos, a sociedade

aproveita e bombardeia de condicionamentos a nossa mente de criança com ideias falsas

desse amor, culpa, medo, repressão, trazendo consequências desastrosas para a nossa

vida, pois vamos nos afastando mais e mais da nossa essência central que é amar.


Somos ensinados desde criança a viver o amor exclusivo que é o amor destinado,

exclusivamente, a uma pessoa e acabamos nos sufocando e sufocando o outro.

Na sociedade atual, inúmeros são os fatores que levam as pessoas a passarem por dores

e sofrimentos devido a relacionamentos mal estruturados que acabaram em separações

ou divórcios ou que finalizaram abruptamente, como a perda por morte do ser amado.


Independentemente do motivo são situações, em sua maioria, sempre traumáticas e os

resultados levam à angústia, amargura, uma tristeza sem tamanho, mágoas e,

naturalmente, a estagnação da vida e a pessoa fica a maior parte do tempo envolvida no

evento que aconteceu. Como um filme que as cenas vão se repetindo em sua mente, em

câmara lenta, e o seus pensamentos e sentimentos ficam nessa energia. Revive-se cada

momento do relacionamento para se entender o que realmente aconteceu. Nos casos que

toda a vida da pessoa era estruturada em torno da pessoa amada isso pode ficar muito

pior.


O fim de um relacionamento parece arrancar tudo pela raiz. Como uma árvore frondosa,

bela e cheia de frutos que vai secando as suas folhas e ficando sem vida, sem energia.

Normalmente, também, não percebemos que o relacionamento foi acabando, se

esgotando gota a gota, dia a dia, só nos damos conta quando acabou. Fim. The End.


O sofrimento dessa aparente “perda” do amor – aparente porque ninguém perde aquilo

que não tem, pois as pessoas não são coisas ou objetos que podem ser possuídas e, na

verdade, nós temos, sempre, a nós mesmos – é insuportável; o sentimento é como se o

seu ser tivesse sido destroçado. Você se sente vencido. Sente sem forças nenhuma para

levantar e continuar a vier. No mais profundo de sua dor você não sabe mais quem você,

realmente, é. Perde a sua própria identidade. Se sente órfão de si mesmo.


Essa dor inimaginável pode levar dias, semanas, meses, anos ou até mesmo se não for,

totalmente, digerida e aceita você pode diminuir seus dias de vida aqui nesse planeta

Terra. Simplesmente, você vai destruindo pouco a pouco o seu ser, a sua beleza, a sua

existência.


A autoestima se perde de tal forma de você – parece que ela se desliga de você - que

parece que a vida virou um labirinto é e quase impossível encontrá-la novamente. Você

vai se afundando num poço profundo, escuro, pequeno, porque você só coloca você e

seus pensamentos e sentimentos destrutivos nesse lugar e vai jogando terra em cima de

si mesma.


Você já se sentiu assim? Se nunca ótimo. Se sim e saiu ótimo também. Parabéns!


A descrição acima parece filme de terror. Você pode se perguntar: “Por que alguém

gasta tempo escrevendo isso? Porque isso se repete segundo após segundo, nesse

mundo. Lembram a pesquisa entre os universitários demonstrando que 93 a 95% das

pessoas já foram rejeitadas em um relacionamento? Pois é, estamos escrevendo porque

esse quadro é muito comum e tem solução.


Essas situações são as adversidades. Nas adversidades vem a sua força interior, o seu

vigor de viver, a sua energia, a sua exuberância. Você descobre a sua determinação, o

seu valor e resgata o ânimo de viver. Você descobre o seu “Outro Eu”, que você nem

sabe onde estava escondidinho.


Esse “outro eu” surge nos momentos de emergência, quando somos forçados por meio

das adversidades e das derrotas temporárias, a mudar nossos hábitos e pensar de forma

diferente e de como sair das dificuldades. A sua capacidade de superação. Não importa

se precisamos de ajuda externa ou não para sair dessas situações, até porque

dependendo do grau é muito difícil sair sozinho. O que importa é que temos o ímpeto de

buscar a saída desse labirinto que nos colocamos e VIVER a vida em plenitude, com um

novo olhar.


Permita-se sempre Amar. Amar a si mesmo em primeiro lugar, seja egoísta e se ame.

Seja amor e espalhe essa energia gloriosa por onde você passar e por todo o Universo.


Emane amor. Permita-se, sempre, SER a pessoa com o brilho especial que você nasceu.


Ivany Pereira


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