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Multiplicar forças



A todo momento observamos ao nosso redor, uniões afetivas onde as pessoas convivem entre si, mas não se conhecem. Começam, muitas vezes, um relacionamento de supetão, sem maiores análises, e depois sofrem para desatar o nó que se estabeleceu.


Isso é muito comum nas relações onde a pessoa “fica” com outro(a) porque conheceu em uma festa, balada, e depois o contato permanece com mensagens e saídas posteriores.


Se você parar e pensar, lembrará quantos casais que você conhece ou conheceu que já passaram por esses processos.


A cada ano milhares de casais se unem e decidem passar a vida juntos, porém por outro lado, muitos casais se separam porque não conseguem dar continuidade no relacionamento.


Para termos uma ideia dessa proporção vamos analisar os números de casamentos e divórcios. O Brasil registrou, em 2014, 1,1 milhão casamentos, mas o índice de matrimônio reduziu ao longo do tempo. Na década de 1970 foi em torno de 13 casamentos para cada mil habitantes e passou para 7,1/ por mil habitantes, em 2014.


Em paralelo, o número de divórcios em 30 anos, cresceu mais de dez vezes: passou de 30,8 mil (1884) para 341,1 mil (2014) e a duração média do casamento diminuiu de 19 para 15 anos.


Entre 1974 e 2014, a idade média dos cônjuges solteiros homens, na data do casamento, passou de 27 para 30 anos, enquanto para as mulheres passou de 23 para 27 anos.


Nos últimos 40 anos, na faixa etária entre 15 a 19 anos e 20 a 24 anos houve redução dos casamentos, evidenciando as uniões em idades mais avançadas. Possivelmente devido ao maior tempo dedicado aos estudos, busca de inserção no mercado de trabalho com salários mais elevados, especialmente, entre as pessoas mais jovens, e por ficarem mais tempo na casa dos pais que acabam sustentando por um período maior.


Vem a pergunta: o que está acontecendo?


Esses dados indicam a gradual mudança de comportamento da nossa sociedade e também a necessidade cada vez mais urgente de se estabelecer e praticar um Protocolo nos Relacionamentos. O objetivo do Protocolo é que o risco de errar seja menor. Evitar, ao máximo, mal-entendido, frustrações, sofrimentos, discussões, depressões, doenças diversas etc., por conta de um namoro, parceria, ou um casamento acabado.


É comum enlaces que fazem todo o ritual do casamento com festa, convidados, investimentos significativos inclusive de imóveis e tudo mais e depois vem as questões do desgaste da separação e o stress da divisão de bens.


Observa-se também que:


Cada vez mais as pessoas buscam a felicidade, a satisfação pessoal e também nas relações afetivas, mas nem sempre se empenham para se concretizar esses desejos.


Cada vez mais as pessoas estão procurando no(a) outro(a) algo que não encontraram dentro de si mesmo.


Cada vez mais os casais se encantam um com o outro e se aventuram num momento de paixão avassaladora, na explosão das emoções, mas na realidade não estão amadurecidos para viver a dois.


Cada vez mais as frustrações têm acontecido por não realizar uma “seleção adequada”, uma avaliação mais apurada da compatibilidade entre os seres. Seguem o impulso e depois vê o que dá, não tem o tempo mínimo necessário para se conhecer melhor, de forma mais racional, já acabam “ficando”.


Cada vez mais os casais não se preocupam muito em se conhecerem a fundo e analisar suas reais semelhanças e se estão dispostos a conviver, diariamente, com as diferenças que existem entre si.


Cada vez mais situações adversas e sofrimentos podem ser sido evitados tendo os combinados naturalmente estabelecidos, dialogando e definindo os limites de cada um na relação.


Relacionar-se é um processo de envolvimento cada vez mais fundo de conhecer, compreender e aceitar o outro. É estabelecer um vínculo afetivo complementar, ou seja, são duas forças igualmente poderosas que se multiplicam quando se encontram.


Ivany Pereira


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