Primeiro passo: conversar

O principal relacionamento que você tem em sua vida é consigo mesmo, assim para termos sucesso em relacionar-se com o outro é fundamental amar-se e conhecer a si mesmo ao máximo e nas minúcias.
Amar-se é um tema amplo e vamos, aos poucos, destrinchando como você pode despertar mais e mais, abrindo-se para essa autodescoberta. Esse processo de acordar é gradativo e traz a você felicidade, realização e evolução contínua.
Quando você está aberta a se conhecer, abre a possibilidade de querer conhecer o(a) outro(a).
Nos posts anteriores, falamos que para se ter um relacionamento duradouro exige-se atenção, paciência, disposição e real vontade de destinar tempo e energia para obtê-lo e que os relacionamentos que já se iniciam com vínculo sexual tendem a esvaziar-se com o tempo, porque o sistema neurológico da pessoa registra o caminho da fase sexual. Assim, ao “bater os olhos” em alguém e este lhe chamar a atenção a primeira dica é trocar olhares e depois trocar muitas informações.
É necessário um prazo significativo – semanas, meses - sem contato físico para conversar, conhecer e poder produzir os neurotransmissores necessários para criar um sentimento mais profundo. Parece algo inviável, mas tudo depende do que realmente você procura nesse relacionamento. Há diversos relatos de casais que depois de vários anos que se conheceram, reencontraram-se e relacionaram-se afetivamente, meio do “nada”, e são muito bem-sucedidos. Isso pode ser explicado porque a química estava sendo fabricada durante todo esse tempo.
Vamos desenvolver os passos para se conquistar um relacionamento saudável. O primeiro passo é a Comunicação verbal - conversar.
Vivemos em uma sociedade onde a atração física é muito valorizada e a atração verbal – o conversar – parece menos importante. Vamos valorizar o diálogo, a atração verbal, o desejo verbal.
Praticamente 99% das nossas relações ocorrem por meio das palavras e gestos (comunicação não –verbal), portanto isso têm peso muito significativo nas nossas relações. As palavras carregam junto de si uma emoção, uma mensagem, uma energia que pode ter efeito positivo ou negativo dentro da pessoa que escutou e assimilou.
A comunicação deve ser franca e clara, transmitindo seus pensamentos, valores, ideias, posicionamentos para não gerar dúvidas no outro. Ser sempre autêntica e verdadeira. Sem medo de rejeição e críticas.
O falar e o ouvir entre os pretendentes deve acontecer sobre os mais diversos assuntos, a fim de identificar as semelhanças, os pontos em comum e as diferenças mais significativas entre o casal. As perguntas de ordem pessoal mais frequentes como: onde mora, o que faz, como vive, hobbies, o que gosta de comer e beber fornece um bom panorama da pessoa.
Tudo que você fala, ouve e assimila dos estímulos recebidos da outra pessoa e também do seu entorno, provoca impacto. Você cria uma imagem mental do que está sendo falado e isso gera um significado. Dessa forma, depois de uma conversa com o seu pretendente - além da aparência que você está vendo da pessoa - você já tem inúmeras imagens criadas de como essa pessoa é. Inconscientemente você vai formando a realidade que você captou.
Assim, é importante ficar atento as palavras pronunciadas e a forma de se expressar. As palavras têm a sua beleza e a sua feiura, sua sensibilidade ou insensibilidade, a doçura do mel ou o amargo do fel.
A comunicação é uma arte. É a principal ferramenta que os parceiros se utilizam para se conectar um com o outro.
Caso o seu pretendente não tenha interesse em conversar, trocar informações para se conhecerem um pouco mais, ou se não tem paciência para ouvir você falar, ou está sempre com pressa - é um sinal que os interesses possivelmente são diferentes, ou talvez de um relacionamento mais pontual.
Se não há interesse do casal, na fase inicial de um relacionamento, em conversar, em ouvir um ao outro, em conhecer-se, como será depois?