Paixão I

Quase todos nós sabemos o que é paixão, provavelmente já passamos por alguma experiência assim. Há pesquisadores que chamam a paixão de “envolvimento” e alguns psiquiatras de: atração.

Ao sentir paixão experienciamos um estado de êxtase, euforia, dias inquietos, sonhamos acordados durante os afazeres, perde-se a noção do tempo, fica-se aguardando o telefone tocar, uma mensagem chegar, há uma ansiedade de encontrar a pessoa por quem estamos apaixonados (as).

Ao encontrar essa pessoa parece que o mundo é cor de rosa. A cada gesto ficamos inebriados, o sorriso nos entorpece, rimos à toa, ficam-se horas e horas conversando e não se vê a hora passar. Corre-se riscos, perde-se a noção de perigo. A pessoa apaixonada torna-se distraída, ausente, otimista, alegre.

A cada encontro é um ritual se preparando, pensando no que irá conversar, como se portar. O coração dispara, as mãos transpiram, temos rubor, gagueira etc.

Essas são algumas características da pessoa apaixonada e você, com certeza, deve ter vivenciado tantas outras sensações. A paixão é um fenômeno tanto físico quanto psicológico. As reações estão relacionadas às substâncias químicas produzidas pelo nosso corpo.

Há milhares de poemas, canções, livros, filmes, mitos e lendas, desde antes de Cristo, que descrevem a paixão.

A experiência da paixão é abordada por muitos pesquisadores e filósofos como algo inexplicável e que desafia as leis da natureza, a lógica; definem até como sendo uma atração irracional por outro ser humano. Foi descrito também como: “Estar apaixonado é simplesmente ficar em estado de anestesia perceptual”.

Há relatos da pessoa ficar 85 % de suas noites e seus dias pensando na pessoa amada.

O ritmo da paixão e também de muitas de nossas atitudes no namoro podem ser decorrentes de um esquema da natureza, da evolução da espécie e dos antigos padrões do relacionamento humano.

Vários homens e mulheres já abandonaram famílias e amigos para viver uma paixão, tamanho é o estado de entusiasmo que ficam. Não se dá conta da realidade e as suas consequências. Fica-se tão alucinado que a questão é viver o que está sentindo.

A paixão apresenta fases e cada qual tem suas características. Ela começa quando a outra pessoa começa a ter um “significado especial” e cada aspecto mais trivial da pessoa amada é aumentado desproporcionalmente em relação a realidade.

Os apaixonados podem até identificar os pontos fracos ou defeitos do outro, mas esses são colocados de lado e se convencem que a pessoa é especial, encantadora, fixando-se somente nas virtudes.

Continua...