“Antes só do que mal acompanhada(o)!” ou “Antes mal acompanhada(o) do que só!”

Vivemos em uma sociedade que é muito frequente a cobrança de estar se relacionando com alguém. É muito comum situações dos familiares, amigos, colegas de trabalho questionarem se a pessoa está ou não namorando, se não vai casar, se está ficando ou algo parecido com isso. Se a pessoa não casou e não se observa a vontade dela de se juntar com alguém também é questionado o motivo.
Junto com essas perguntas há comentários que ou incentivam os relacionamentos ou que denigrem, como por exemplo: “sorte sua que não casou e pode ficar solteiro e fazer o que bem entender” e por aí vai. Há situações que as pessoas do entorno passam a cobrar a presença de um parceiro (a) ao seu lado.
Quem não está em nenhum relacionamento e está ansiosa (o) pela chegada de um príncipe que a (o) faça feliz, fica desapontado e gera mais expectativa e ansiedade para se encontrar logo essa “tampa da panela”, como dizem. A pessoa fica ainda mais na busca.
De certa forma, é uma cultura ter sempre um companheiro (a). As pessoas exigem isso do outro. Mas, ao mesmo tempo, isso não pode ser encarado como uma necessidade.
Normalmente, quando existe medo da solidão corre-se o risco de aventurar-se e entregar-se de forma mais fácil e rápida e, quase sempre, sem pensar muito. Essas relações podem trazer experiências nem sempre agradáveis.
A mente detesta temer a ideia de estar só. Assim, a solidão precisa ser entendida, sentida, dissolvida, porque enquanto a sensação de solidão permanecer a dependência do outro (a) será inevitável e a pessoa nunca poderá ser livre.
Muitas vezes, buscamos a Luz no outro (a), esquecemos que temos a nossa própria Luz e que essa Luz deve estar sempre acesa e deve ser acesa por Nós. Nenhuma autoridade, agora ou no futuro, poderá lhe dar o conhecimento sobre Você. Ninguém.
Somente Você pode se dar esse presente de conhecer-se e, então, ao se entender um pouco mais dia a dia, estar mais aberta e perceptiva das suas necessidades, seus desejos, sua fortaleza, gradativamente, você começa a sentir as suas relações de forma diferente.
Sem o autoconhecimento não é possível saber, sentir “o que pega” dentro de nós. Não há libertação de emoções como tristeza, solidão, ansiedade etc.
Assim, conhecer a si mesmo é essencial. Porém, conhecer a si mesmo não implica num isolamento no alto da montanha ou isolamento de relacionamento. Conhecer a si mesmo é um processo infinito.
Esse autoconhecimento é contínuo. A cada momento, na prática de sua vida, você vai aprendendo sobre si mesmo observando-se, ou seja, só é possível você se conhecer estando consciente de você mesmo e de suas ações, suas reações. Descubra como você faz e reage frente a diversas situações.
Aqui vamos enfatizar os relacionamentos afetivos, mas isso é para tudo em sua vida. Descubra como você age, como você se porta, como você reage nas diferentes situações, qual é a sua expectativa, o que você espera etc.
Assim, você se conhece não no isolamento nem no recolhimento, mas em sociedade, em família e, também, no relacionamento afetivo. Perceba suas fraquezas, suas intolerâncias, os itens a serem melhorados e igualmente seus pontos fortes.
Portanto, para haver transformação o autoconhecimento é essencial. Sem conhecer a si mesmo dificulta muito ocorrer uma transformação.
Busque isso como um objetivo a ser perseguido por você: Conhecer-se. Conheça como você é de fato, verdadeiramente e não como você deseja ser, porque essa pessoa ainda não existe no momento atual. Mas poderá existir se você colocar seu foco e determinação de ser.
O entendimento do que você é – seja uma qualidade bonita ou feia, não importa, reconhecer e entender sem distorção é uma imensa virtude é um megaprocesso de autotransformação. É o início da liberdade.
O autoconhecimento é a descoberta contínua de suas intenções e buscas, de seus pensamentos e aspirações. Entender seus impulsos e reações.
Esse processo é muito mais intenso e profundo do que buscar o que interessa ao sistema familiar, a sociedade ou de buscar a segurança. É um verdadeiro buscar-se. Buscar a si mesmo. Verdadeiramente.
Pode ser um processo trabalhoso entender a si mesmo, seus impulsos e reações, seus pensamentos, sentimentos porque, muitas vezes, busca-se algo que traz resultado rápido, porém isso pode ser volátil como um perfume. Pode não ser duradouro.
Busque estar primeiro com Você e depois com uma companhia que lhe faça verdadeiramente feliz.
Quanto às colocações: “Antes só do que mal acompanhada(o)!” ou “Antes mal acompanhada(o) do que só!”
Não existe má companhia e sim o que você está atraindo por sintonia ao que você está vibrando dentro de você. Ao mudar seu interno o externo se transforma, assim é necessário harmonizar-se, estar em processo de transformação. O outro(a) pode não estar agindo de acordo com sua Essência original e sim de acordo com o seu querer, seu ego, pode estar agindo em seu desequilíbrio e isso pode afetar as relações do casal e gerar situações de dor e tristeza.
Acredite! Só Você pode transformar a sua Vida.
Lembre-se! Nunca estamos só. Em Essência NUNCA estamos só.